quinta-feira, 4 de julho de 2013

E por falar em flores...


 











Recebi este convite da nossa querida amiga Luciana Marques para escrever neste maravilhoso blog, apesar que sinceramente acho as três meninas muito malucas em me dar o espaço para este feito, mas enfim não sou de negar espaço para expor minhas idéias e aprender com todos que me escrevem.

 Apesar que hoje to mais afim de me apresentar a vocês do que ficar aqui falando como uma matraca, como se eu fosse a pessoa que conhece tudo 100% e não houvesse mais outras verdades, razões para debates de aprendizado, espero que tenhamos conversas interessantes, provocações que venham dar nortes e respostas para quem estiver precisando de ajuda.

  Escrevo já há quase quatro anos na Revista REAÇÃO na coluna “Mulher” e tem me trazido muita satisfação, realizações pessoais bem interessantes, e nesse meio tempo tenho escrito para outros blogs também, conhecendo várias pessoas no mundo virtual trazendo após algum tempo para o real, coisas que este universo literário tem me proporcionado e que não sei mais viver sem, me impressionando com a sinceridade dos leitores quando me dizem que gostam da forma como escrevo.

  O tema mulher com deficiência e sexualidade da pessoa com deficiência são minha base de luta atualmente, haja vista que a sociedade não nos enxerga como cidadãos de direitos, e ai complica porque muitos de nós já temos consciência e querem obtê-los por questão mesmo de cidadania, embora ainda exista a negativa social em nos deixar alcançar o nosso espaço, o nosso lugar ao sol.

  A ausência deste empoderamento da pessoa com deficiência é decorrente da falta de educação, capacitação desse cidadão e muitos de nós que estão militando nas frentes das trincheiras da inclusão social mal sabe como que funcionam os recursos e projetos que tem dinheiro público, desconhecem o verdadeiro papel dos Conselhos de Direitos da Pessoa com Deficiência, a função do conselheiro... É culpa deles? Claro que não, não é somente da sociedade civil a culpa da falta de conhecimento, mas sim do próprio Poder Público que não oferece este tipo de conhecimento, mesmo porque favorece a alienação.

  Isto ocorre em todas as áreas de nossa vida, na sexualidade mais ainda, é muito melhor esconder, negar a existência do que apoiar correndo o risco de ter mais problemas para cuidar dentro de casa, isso é um pensamento familiar, porque nascemos com o intuito de crescer e viver nossas vidas, para nossos interesses e não sermos escravizados e acorrentados na vida de outra pessoa.

  Alienação + negação + curiosidade + carência = abusos sexuais, violência doméstica, baixa auto-estima, gravidez indesejada, laqueadura sem permissão, sentimentos usurpados, corações machucados... Quantos assuntos podemos falar, discutir, refletir, crescer, unir e ganhar o mundo.

  Podemos falar sobre e espero que todos me ajudem a ajudá-los, indagando, sendo autênticos, concordando ou não, mas o que importa é estarmos juntos, construindo novos horizontes e novos paradigmas, pois há urgência em perdermos esses títulos de “vulneráveis” e “ hipossuficientes”, não é verdade? 
 
Até nosso próximo encontro!!!


 
* Márcia Gori é bacharel em Direito-UNORP, Idealizadora da Assessoria de Direitos Humanos - ADH Orientação e Capacitação LTDA, Ex-presidente do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência - CEAPcD/SP 2007/2009, ex-Conselheira Estadual do CEAPcD/SP 2009/2011, Ex-presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de São José do Rio Preto/SP 2009/2012, ex-apresentadora do Programa Diversidade Atual no canal 30 - RPTV, membro do CAD - Clube Amigos dos Deficientes de São José do Rio Preto/SP. Idealizadora do I Simpósio sobre Sexualidade da Pessoa com Deficiência do NIS – Núcleo de Inclusão Social da UNORP, Seminário sobre Sexualidade da Pessoa com Deficiência na REATECH 2010/2011/2012, co-realizadora do I Encontro Nacional de Políticas Públicas para Mulheres com Deficiência, capacitadora e palestrante sobre Sexualidade, Deficiência e Inclusão Social da Pessoa com Deficiência, Articuladora Política da Ong Essas Mulheres, modelo fotográfico da Agência Kica de Castro Fotografias.
Blog/site: www.marciagori.net 

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