segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Prepara, que agora é hora....

"Thutchuca, vem aqui pro seu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão”; “Só as cachorras, as preparadas, as popozudas ...”; “Nóis gosta é de novinha, de blush e de franjinha” kkkkkkkkkkkkkkk Vocês já pararam pra pensar o quanto mudou (nem sempre pra melhor, diga-se de passagem) os conceitos ditos “ideais” de homem e mulher que a sociedade passou a adotar? O que virou moda e o que não é tão legal assim?! Se antes a mulher ideal era aquela que ficava em casa, que cuidava da família e se colocava em 2º plano, a tal da Amélia, hoje vemos que a mídia nos “impõe” um padrão totalmente diferente (e ao meu ver nada interessante e totalmente fora do que eu goste ou queira seguir) o das mulheres fruta, das magrelas da passarela, o cabelo liso oriental, as bombadonas e por aí vai. Não sou contra o funk, não estou falando de nenhuma cultura musical ou das pessoas que ouvem e curtem, afinal cada um tem seu gosto e preferência, só falo da forma que a mulher passou a ser vista, e do exagero no culto e dos padrões de aparência que não é nenhum pouco saudável.

Naturalmente a mulher tem senso crítico muitíssimo apurado, se avalia nos mínimos detalhes e se cobra quase que diariamente a perfeição. E essa cobrança toda muitas vezes é injusta, pois nunca seremos perfeitas, e aliás, o que é perfeição!? Sempre vai existir algo que não gostamos ou que “precise” ser melhorado. As músicas que citei tem ressaltado características que de certa forma vulgarizam e retratam a mulher como um símbolo, como algo sem essência, como se fossemos uma forma física, um mero objeto. Quem tem uma auto estima alta, e sabe valorizar seus pontos positivos, leva numa boa cada novidade criada pela grande mídia, mas quem não tem uma auto imagem bem construída termina sofrendo ainda mais ao ver o quão distante está de ser feliz, aliás de se sentir feliz.

Eu tive uma adolescência “gordinha”, minhas roupas eram de tamanhos bem maiores das que uso hoje. E lembro bem que devido a isso, eu não usava roupas femininas, sempre era tudo folgado e comprido. Como eu ainda andava, não queria marcar nada, não queria que vissem nada de diferente em mim (apesar de que nessa época eu mal tinha a escoliose, o andar é o que mais chamava a atenção). Não me achava bonita, meu estereótipo não se encaixava em nenhum que aparecia nas tv’s, e isso não me deixava bem. Só depois que tive o meu primeiro namorado é que passei a cuidar mais de mim, da minha aparência. Parece uma coisa né, só nós valorizamos depois que os outros nos mostram as qualidades que desconhecíamos. E essa fase da “aborrecência” é muito complicada, fase onde estamos nos descobrindo, testando coisas e começando a modelar nosso futuro. E pra mim foi a que menos gostei, pois por pura bobeira minha eu deixei de usar e fazer algumas coisas, por vergonha, insegurança e medo dos olhares reprovador das pessoas.

Hoje aceito minhas InPerfeições (não podia passar batido né kkkkkkkkk) e tento administrá-las da melhor forma possível. Acredito que não é um cabelo liso japonês, 500ml de silicone, 112cm de quadril que vão definir meu status de felicidade. O que vemos nas revistas e tv’s são meros conceitos, não devem ser levados tão a sério. Servem de entretenimento e não de referência! A mídia viu na imagem da “mulher objeto” um mercado lucrativo, e pra ela isso é o que importa. Já que após um comercial de shampoo que garante transformar qualquer tipo de cabelo em algo surreal e mais brilhoso que o reflexo do sol causam o maior alvoroço nos mercados, o que importa para eles é isso, consumidoras avidas pelo mais novo milagre kkkkkkkkkkkk E as roupas que saem nas passarelas, algumas usáveis, mas outras que de tão bufantes parecem fantasias kkkkkkkkkkk. Por isso meninas e meninos, não usem o que vocês veem na tv ou revistas como ideal ou referencial de nada. Logico que podemos usar umas dicas de como combinar umas peças, ou até mesmo de lazer, mas não criarmos “deuses” e segui-los cegamente. Cada um tem sua particularidade, e o que é bom pra mim não é o mesmo que é para você.
Quanto aos "elogios" de: tchutchucas, popozudas, poderosas, top models, bombadonas  e afins, que não sejam utilizados para denegrir ou para vender algo, mas sim para divertir! Se ame e se respeite. 

Beijos e inté mais
=)

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